domingo, 29 de setembro de 2019
pernas e plumas
Primeiras chuvas da primavera
O verde acordou, o ar acalmou e ovos cumprem seu papel
Deles nascem com 2/3 de pernas e plumas
Pequenas bolotas pernudas e curiosas
Camufladas na grama recém esverdeada
Nasce também toda a brabeza que se pode ter em um único ser
Nasce a capacidade de enfrentar o cão, o homem e o carro
Nasce a certeza que todos se curvarão a eles
Não há empecilho ou tamanho
Mas talvez tenham razão
São suas prioridades
São os os seus
E que o mundo a desvie de seu caminho
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
Tenho medo
A alma toda preenchida por medo
Medo pelos meus
Medo pelos seus
Medo pela sombra que saiu livremente ocupando as ruas e as escolas,
as praças e os hospitais
Medo pela onda que cresceu violentamente, ganhando mais corpo a cada dia
(e que ainda vai estourar na nossa cara)
Morreremos com a garganta seca de tanto pregar para ouvidos moucos?
Morreremos todos afogados no ódio que brota em cada fresta?
Tachados de loucos e alienados em uma terra de cegos e surdos.
Medo pelos meus
Medo pelos seus
Medo pela sombra que saiu livremente ocupando as ruas e as escolas,
as praças e os hospitais
Medo pela onda que cresceu violentamente, ganhando mais corpo a cada dia
(e que ainda vai estourar na nossa cara)
Morreremos com a garganta seca de tanto pregar para ouvidos moucos?
Morreremos todos afogados no ódio que brota em cada fresta?
Tachados de loucos e alienados em uma terra de cegos e surdos.
Vá
Abro as mãos
Solto as amarras
E, por entre meus dedos,
Deixo você voar
Voar livre de volta para o meu passado
Aquele passado colorido, métrico e perfeito
Que nunca existiu
Solto as amarras
E, por entre meus dedos,
Deixo você voar
Voar livre de volta para o meu passado
Aquele passado colorido, métrico e perfeito
Que nunca existiu
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