O coração palpita. As mãos suam, geladas. A cabeça tornou-se uma tempestade de pensamentos. Não perdia o controle da situação desde a adolescência. E agora estava ali, bancando a adolescente, se sentindo a adolescente. O que aconteceria? Qual seria o próximo passo? Questões sempre debatidas e solucionadas antes de andar para qualquer lado. Antes de decidir o rumo que daria a sua vida.
Agora está nas mãos do acaso. A falta de controle a angustia. De repente tem uma vontade de sair correndo, seus pés procuram o caminho. A hesitação entre o racional e o emocional lhe gelam a alma. Sabe que deve fugir, mas só consegue andar uns passos em direção a saída, o resto do corpo não obedece. Não há saída. Não há como fugir.
A porta está ali, não pode parar de olhar para ela, a saída está aberta. Mas seus pés não se movimentam. Seu corpo não aceita ordens. Sua cabeça vai explodir.
O tempo passa sem parar, o relógio da torre bate. Que horas são? Não consegue descobrir. Seus olhos veem mas não enxergam.
Seu coração bate no pescoço. Ânsia. O mundo infla, as coisas tomam proporções absurdas. Onde estaria o seu juízo?
Os acontecimentos imediatos montam-se e desmontam-se na sua mente, tal como um jogo de Lego. Quantas são as possibilidades? Não há como contar. Não há como saber.
Olha mais uma vez a saída, está mais perto, é quase palpável. Não há como saber. O mundo desajustado. Os relâmpagos em sua mente. O coração lhe toma o corpo todo. Não há como saber.
A vida toda na agenda passa por sua cabeça em tempestade.
O gelo na alma. A saída. O coração. Que horas são? Será que ainda há tempo para alcançar a saída? O relógio se nega a lhe informar o tempo.
O sino novamente. O tempo de fugir acabou. A saída se afasta lentamente. O mundo desconhecido se abre colorido para ela.
domingo, 12 de julho de 2009
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