terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Relativizando

[Levemente nonsense, extremamente avec sense]

No rosto,
a neblina
encobre um sorriso.

Um sorriso que iluminaria o mundo.

Mundo que acabará em água.

Tempo é algo relativo,
às vezes,
para.

Para com dedos percorrendo cordas
de guitarra.
Saudades do violão.

Pela metade
com a cabeça na praia
ou na serra?
ou na capital?
ou no campo?
ou, quem sabe, na lua?

Espaço é algo relativo,
por vezes,
inexiste.

Dedos agora no teclado.
O monitor dispersa,
vagamente,
a chuva d'alma.

Será que chove lá?

Água desaba dentro dele
e engole o sorriso.

O sorriso que mudaria o mundo.

Saudades do violão.
Saudades do passado perfeito
_____[e também do imperfeito.
Saudades do futuro do passado.
Indicativo ou não.

E o dia chuvoso,
chuva lá
chuva aqui,
ele passa assim:
pela metade

separado de si mesmo
tentando se completar,
ora tocando
ora teclando.

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