No rosto,
a neblina
encobre um sorriso.
Um sorriso que iluminaria o mundo.
Mundo que acabará em água.
Tempo é algo relativo,
às vezes,
para.
Para com dedos percorrendo cordas
de guitarra.
Saudades do violão.
Pela metade
com a cabeça na praia
ou na serra?
ou na capital?
ou no campo?
ou, quem sabe, na lua?
Espaço é algo relativo,
por vezes,
inexiste.
Dedos agora no teclado.
O monitor dispersa,
vagamente,
a chuva d'alma.
Será que chove lá?
Água desaba dentro dele
e engole o sorriso.
O sorriso que mudaria o mundo.
Saudades do violão.
Saudades do passado perfeito
_____[e também do imperfeito.
Saudades do futuro do passado.
Indicativo ou não.
E o dia chuvoso,
chuva lá
chuva aqui,
ele passa assim:
pela metade
separado de si mesmo
tentando se completar,
ora tocando
ora teclando.
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