terça-feira, 16 de março de 2010

azul de bromofenol

o céu desce numa nuvem pesada

ela por todos os lados
por todos os poros
na inspiração
na expiração
na transpiração

azul
azul céu de tempestade
azul céu de primavera
no vestido anil em que ela chega
no sopro celeste do minuano
que desmancha
o laço marinho de seu loiro cabelo anilado
a fita cai no colo dele
laça duas vidas
assim
simplesmente cárdeo

mas a água turquesa da chuva
confunde-se com a safira dos seus olhos castanhos
que somente veem a sombra cerúlea feita por ela

e a vida concentra-se
no sorriso envolto em azul
do rosto anil dela

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