sábado, 25 de junho de 2011

Ao(s) meu(s) amor(es)

Sinto muito, meu bem
não posso lhe declarar meu amor único e verdadeiro

Eu já amei antes

No colégio, era apaixonada por um colega
amor velado
silencioso
fazia meu coração parar
e meu corpo tremer.

Na adolescência,
amei perdidamente,
à moda Capuleto,
um rapaz que vi uma única vez
foi muito tempo
na busca
de mais um olhar
mais um toque
um único beijo.

Conheci a paixão
na maioridade
violenta
intensa
e fugaz
deixou marcas e cicatrizes
difíceis de esquecer
impossíveis de remover.

Durante a faculdade,
veio de mansinho
um amor tranquilo
-no momento de calmaria-
avassalador
-durante a tempestade-
e entre chuva e bonança
construímos uma vida.
Até a água acumulada levar quase tudo

Já adulta,
meu amor chegou em outra forma
palavras carinhos ouvido e ombro
a distância e a proximidade
ao mesmo tempo
o tempo para mim e para ele
sem imediatismo
sem pressa

Mas não posso lhe afirmar meu amor único,
pois não o é.

Tive vários amores
todos importantes
cada um no seu tempo.
Eles permanecem lá,
no meu coração,
intactos.

Eu é que sou diferente.

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