Fiz a média ponderada entre a temperatura da praia equatorial e a dos mares do sul, somei a velocidade da brisa que sopra nos cabelos da menina no balanço de frente à minha janela e concluí: você, definitivamente, é sazonal.
Sei que El Niño e La Niña se revezam nas chuvas ou na seca do nordeste; Halley dá o ar da graça uma vez a cada 76 anos, numas vezes de forma excepcional, noutras decepcionante; sei também que a primavera vive seguindo o inverno sem nunca alcançá-lo...
Porém ainda falta definir seu ciclo, para isso terei que verificar as voltas dos golfinhos na Baía de São Marcos e as flores no altar de Nossa Senhora da Vitória, para que, junto ao número de folhinhas da figueira que existe no meu caminho para casa, forme uma equação infinita.
Por vezes, queria definir seu rastro, sua direção, saber seu próximo pouso, me antecipar ao seu passo... mas minha matemática não é tão boa assim.
Desse modo, só me resta olhar pela vidraça e contar o universo esperando que, entre uma escala e outra, você tropique de novo no meu mundo.
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