o relógio parado
o mundo a espera
o dia guardado
calendário marcado
minha mão medindo na sua
palavras ao pé do ouvido
perdidas entre vinhos e risadas
encontro meus olhos nos seus
o arrepio percorre a espinha
a mão busca o rosto
sua boca
os olhos semicerrados
seu braço me puxando para perto
seus lábios que avançam sem se importar
o choque da sua pele na minha
seus dedos entre os anéis dos meus cabelos
seu corpo entre o meu
minha alma envolvida na sua
dança ritmada
fluída
entregue
sem medo
sem pressa
sem fuga
sem tempo
Na eternidade daquele instante
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