As mãos acariciam os cabelos, desmancham os cachos displicentes. Ela dorme, mas se arrepia. O corpo se movimenta lentamente, procura, sonolento, se acomodar à nova situação. Entretanto a mão não para, passeia agora entre os cabelos revoltos na cama e as costas. Ele acha graça na cena. Isso não parece afetar muito o sono dela.
Ledo engano.
Sua boca procura a nuca. O sonho lentamente vai se misturando com a realidade. As imagens chegam difusas. A figura dos olhos dele contribui para aumentar a confusão. O hálito quente em sua boca a desperta de vez. Ao alcance de suas mãos está o rosto, o peito, os braços, o corpo há pouco sonhado.
Não há palavras, não há barulho. No império do silêncio se desenvolvem os sonhos comunicados pelo olhar.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário