segunda-feira, 15 de setembro de 2014

ouro lunar



lua dourada imperatriz do breu
caminhos quase todos descobertos
estrelas covardes não vão ao campo

o vento uiva uma canção antiga
corre nas árvores seiva iluminada
escondidas e secas nas sombras
as folhas dançam

espelho frouxo
rosto pesado
entre caniços
a face estranha

água ocupa
entorpece o corpo dolorido
esvazia a alma das penas
preenche com metal

cabelo goteja lembranças no chão seco
pele imersa na lua
pensamentos livres em outra dimensão
o ciclo eterno

uma vez mais
vem a aurora
com seus dedos tecedores de  manhãs
são as cores da batalha da vez




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